Está pensando em ficar grávida e está acima do peso? Melhor entrar em forma, então. E não é
questão de estética, mas de saúde: alcançar o peso ideal é tão
importante quanto tomar vitaminas ou fazer os exames indicados durante
os 9 meses.
Quando a mulher decide ter um filho, o obstetra faz uma série de
recomendações para a futura grávida. É necessário desde fazer exames de
sangue para detectar doenças que podem ser prevenidas por meio de
vacinas, como rubéola, até começar a tomar ácido fólico (vitaminas do
complexo B, que previnem danos neurológicos no bebê) alguns meses antes e
no primeiro trimestre da gestação. O peso, porém, costumava ser assunto
para ser discutido depois, já com o bebê a caminho. Não mais. A
obesidade da mãe, afinal, pode causar uma série de problemas na criança e
incômodos durante a gravidez. Como mostra uma revisão de diversos
estudos já feitos sobre o tema, publicada recentemente no jornal
científico Nursing for Women's Health, dos Estados Unidos.
A
pesquisa mostra, por exemplo, que os bebês de mulheres que engravidaram
obesas correm mais risco de sofrer malformações, assim como de se
tornarem obesos na vida adulta também. Além disso, elas teriam mais
chances de ter diabetes gestacional, hipertensão, pré-eclâmpsia e
hemorragia no pós-parto.
Confira, a seguir, essas e outras razões para estar de bem com a balança antes de a barriga começar a crescer.
1. Mais tempo para ficar grávida
A
obesidade pode dificultar a concepção. se ambos os parceiros forem
obesos (ou seja, Imc acima de 30), eles demoram mais tempo para
engravidar, comprova uma pesquisa dinamarquesa realizada com 48 mil
casais e publicada na revista Human Reproduction, no ano passado. Em
geral, eles têm probabilidade três vezes maior do a de um casal com peso
adequado de levar mais de um ano para engravidar, o que os médicos
chamam de baixa fertilidade. os casais com sobrepeso (Imc entre 26 e 30)
também são afetados: têm uma vez e meia mais possiblidade de ter de
esperar por mais tempo. A explicação está no impacto da obesidade sobre
os hormônios femininos. Em alguns casos, o excesso de peso pode até
mesmo ser conseqüência de algum distúrbio hormonal. os problemas mais
comuns são a síndrome dos ovários policísticos e o hipotireoidismo
(quando a glândula tireóide não produz hormônio suficiente), que podem
até interromper a ovulação. Já nos homens, a obesidade também atrapalha a
fertilidade. Ela influencia a produção de testosterona, o que pode
afetar a vitalidade dos espermatozóides e também o desejo sexual,
segundo um recente estudo escocês.
2. Mães gordas, crianças obesas
Gestantes
com excesso de peso têm maior probabilidade de dar à luz bebês com peso
acima da média. De acordo com uma pesquisa da universidade de Harvard
(EuA), essas crianças também correm mais risco de se tornar obesas na
primeira infância. A relação entre o ganho de peso gestacional e o
sobrepeso da criança pode ser de origem genética ou comportamental, já
que as crianças acabam herdando os hábitos alimentares da família. Além
disso, a quantidade de peso ganho na gravidez também pode interferir no
ambiente uterino, influenciando o crescimento fetal, o que reforça a
tese de que certos tipos de doenças na vida adulta são “programadas”
durante a gestação. Ainda que as conclusões sejam baseadas na quantidade
de quilos ganhos na gravidez, não há como fugir: o “resultado final”
(peso da mãe e do bebê) está diretamente relacionado ao peso da mulher
ao engravidar.
3. Quanto engordar
Claro
que todas as mulheres têm de prestar atenção aos quilos ganhos durante a
gravidez, mas quem já estiver com alguns extras antes mesmo de
engravidar vai ter de se controlar mais. Não há consenso entre os
obstetras sobre quantos quilos a mulher deve engordar durante a
gestação; as tabelas seguidas por eles têm indicações variadas. Alguns
recomendam entre 9 e 11 quilos, outros de 11 a 15 quilos. Há ainda outra
tabela que estima que o ideal é engordar cerca de 15% do total do peso
pré-gestacional. E não é só a quantidade de quilos ganhos que conta, mas
a saúde, a idade e os hábitos alimentares da gestante. seja qual for a
tabela que o obstetra vai seguir, todas levam em conta o estado
nutricional da grávida e seu IMC ao engravidar. O que significa que,
quanto mais alto esse índice, menos ela deve engordar.
4. Estou linda?
Por
maior que seja a satisfação em estar grávida, nem todas as mulheres se
sentem bonitas nesse período. uma das coisas que mais interferem no
visual é o inchaço (ou edema). No rosto, por exemplo, aumenta o tamanho
do nariz. Nos pés, dificulta o uso de sapatos e, nas mãos, o de anéis.
os edemas aparecem em 75% das gestantes e são mais freqüentes a partir
do quinto mês. Não há como evitá-los totalmente, mas estar em forma, com
certeza, facilita!
5. Desconforto à vista
O
excesso de peso potencializa alguns desconfortos comuns na gravidez,
como dificuldade para respirar e andar. Isso porque há um maior esforço
cardiovascular para suportar os quilos a mais. o peso do abdômen também
causa dores nas costas e nas pernas, aumentando a sensação de cansaço.
6. Parto complicado
7. Recuperação no pós-parto
8. Gravidez de risco
9. Seu corpinho de volta
10. A próxima gestação
Já estou grávida... e agora?
Fontes: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI13773-10484,00.html
Abner Lobão Neto, obstetra, coordenador do Serviço de Pré-natal Personalizado da Universidade Federal de São Paulo; Carla Sallet, dermatologista, autora de Grávida e Bela (Editora Senac), entre outros; Cecília Lima, nutricionista; Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein.
Engravidei 2 vezes acima do peso e nada disso aconteceu comigo ,na minha primeira gravidez tive pressao alta mas na segunda nao tive nada e ja to pensando em engravidar a terceira vez , espero em Deus que de tudo certo
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